domingo, junho 22, 2008

Festa da torcida banhada à covardia.


por Alethéia Laranjeiras



Quanta indignidade nas vendas de ingressos para a final da Libertadores.Principalmente por parte da diretoria.Existe acusações de que 25 mil ingressos foram vendidos para um banco e um empresa de refrigerantes. Testemunhas(torcedores sem ingresso) viram em todos os cinco pontos de venda a atuação de cambistas com as mãos cheias de ingressos que acabaram em menos de duas horas nos postos de venda. E mais, como não podia ser diferente, no Rio de Janeiro todas as ilegalidades possuem o envolvimento da polícia militar. Vídeos feitos por torcedores e até por redes de televisão mostram os policiais exagerando(como sempre) na violência sobre torcedores que já estavam há horas em filas e um PM comprando vários ingressos,sendo que cada pessoa nas filas só podia adquirir duas entradas. Alguém já viu cambista preso? Houve até um torcedor preso por engano com dois ingressos na mão acusado de ser um deles.São tantos os depoimentos sobre as irregularidades que nem caberia citá-las todas aqui. Mas aqui cabe a indignação.

Quanto a afirmação sobre a ação ilegal da Polícia Militar do Rio de Janeiro, basta olhar os noticiários sobre chacinas, corrupção,milícias para-militares, transportes ilegais e etc. Será que tudo de ruim está contido nesta instituição? É preciso pensar com seriedade na desmilitarização desta polícia ou mesmo do fim desta instituição que herdou da ditadura militar o sentimento de que estão acima da lei. Autoridades lavarão as mãos até quando? Ou até quanto($)?

Leia "BARBÁRIE" em
http://www.tricolordecoracao.blogspot.com/

3 Comments:

Blogger j said...

Sou mãe, casada, aluna de Letras da UFRJ, escritora, sem passagem pela polícia, lúcida, saudável e Cheguei à fila na sede do clube às 22h, a fim de comprar meu ingresso. Foi lamentável o que passou o torcedor tricolor na expectativa de conseguir seu ingresso para a grande final. Passei uma noite de cão, sem um mínimo de segurança ou organização por parte do clube, nós torcedores tivemos que fechar um cordão isolando a fila, pois os cambistas que chegaram às horas da venda, descansados e alimentados, furavam fila e compravam "bolos" de ingressos (alguns foram reconhecidos pelo torcedor assíduo ao maracanã, e devidamente apontados e espancados), apesar do limite que a nós torcedores é estabelecido em dois ingressos por pessoa para a compra. Às 8h40 da manhã, quarenta minutos após o horário de início da venda, recebemos a informação de que haviam esgotado as arquibancadas amarelas e verdes, o que seria impossível pelo simples fato de que, à minha frente, mesmo com o tumulto que se formou, não havia mais de trezentas pessoas. O pior vem a seguir. Esgotaram também as brancas, forçando o torcedor a comprar a cadeira azul, justo nós, que nos dispusemos a virar a noite no frio e ao relento por amor a nosso clube. A vontade foi de não comprar nada, fosse apenas a questão um protesto político, mas o torcedor tricolor, apaixonado que é, "leva fumo" mas não perde o jogo (apesar de que, dali da cadeira especial, ninguém consegue assistir ao jogo). Quando pedíamos ajuda à Polícia Militar para organizar a fila, eles respondiam que não tinham essa função, a não ser quando, às 9h40, chegavam os repórteres e as câmeras identificadas com símbolos globais: começava a organização que esperávamos desde a noite anterior. Mas já era tarde, apesar do horário pouco avançado. Acreditávamos de verdade que o melhor lugar para a compra era a sede, que seríamos melhor recebidos e cuidados, já que somos nós, que é a nossa paixão que move aquela estrutura toda. Muitos indignados falavam em quebrar o clube, mas o tricolor é esperto. Ele sabe bem o que tem que quebrar, e não é o seu clube. A diretoria foi desumana em não ajudar o torcedor com segurança e ao ser conivente com a prática abusiva dos cambistas, nitidamente apoiados pela Polícia Militar e pela diretoria do clube, já que os que foram "pegos" pela torcida saiam de dentro da sede, lugar que não nos era disponibilizado nem para ir ao banheiro.

6:56 PM  
Blogger j said...

Excelente o seu ponto de vista sobre a instituição polícia. Sinto-me de alma lavada ao ver que não estou só nesse munmdo, Parece que toda a estrutura de nossas vidas está afivelada a uma instituição pobre, de alma pobre, de vísceras podres, de origem atroz.

"É preciso pensar com seriedade na desmilitarização desta polícia ou mesmo do fim desta instituição que herdou da ditadura militar o sentimento de que estão acima da lei. Autoridades lavarão as mãos até quando? Ou até quanto($)?" - assino embaixo.

7:01 PM  
Anonymous Anônimo said...

Bom saber Júlia, que também não estou só.

Alethéia Laranjeiras.

6:18 PM  

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