quinta-feira, agosto 31, 2006

O Rio que desce pelo ralo.

A realidade do futebol carioca, que antes era tomado por senhores feudais, piora à cada ano com o crescimento do número de empresários.Tudo o que eles tocam vira ouro, para eles , enquanto os clubes chafurdam. O campeão da Copa do Brasil, não passa de um time ridículo, onde os flamenguistas não podem nem sonhar em ficar entre os oito primeiros. O Botafogo não possui nem um time de juniores, e Bebeto segue enganando sua torcida com o RUIM, FEIO E BARATO. O Vasco baseia sua força na correria, e só, enquanto seu presidente corre da justiça.Se ele sair da direção, vai aparecer o rombo financeiro que deixa e que vai levar o clube à muitas décadas de sofrimento. Se o futebol carioca ainda sobrevive, é graças à imprensa carioca que cria factóides no lugar da qualidade de outros tempos, além das torcidas apaixonadas e insistentes.
O caso que mas me assusta é o Fluminense. A experiência de seu centro de treinamento em Xerém sería um colírio, pela alta gestação de bons jogadores, se não fossem os empresários. Mal aparecem no time e já são vendidos, antes de completarem 20 anos de idade. O patrocinador contratou jogadores sem capacidade técnica e física e ainda, obriga a escalação. A diretoria do Flu se tornou refém de uma empresa mais preocupada em aparecer na mídia a qualquer custo(com alto retorno financeiro,diga-se de passagem) do que fazer um time competitivo.É preciso que haja uma parceria, e não a ingerência da empresa. Abutres se aproveitam desta importante instituição ,de todos os lados e cantos, deixando atônitos sua bonita torcida, que exige um título da envergadura ,do tamanho e importância do Fluminnese.
" Pensei que seguindo o rio/eu jamais me perderia:ele é o caminho certo,
de todos o melhor guia.
Mas como segui-lo agora/que interrompeu a descida?"
Esta poesia de João Cabral de Melo Neto foi feito para o rio Capibaribe,mas bem que podería ser para o futebol do Rio, que não "interrompe" a sua descida.