domingo, julho 04, 2010

"A ficha deles não é limpa".

Carta Capital do mês de junho vem com reportagem("A ficha deles não é limpa") e entrevista do jornalista banido inglês, Andew Jennings, que fala sobre o poder político da FIFA e entidades como a CBF,que acumulam fortunas em detrimento dos clubes,inclusive os mais badalados da Europa como o Manchester United que possui um dívida de 820 bilhões de dólares,seguido por Real Madrid e Chelsea.No Brasil, os clubes vivem de pires na mão com dívidas gigantescas.

 FIFA e CBF, segundo "Carta Capital" se utilizam de um poder político,entrelaçado com os poderes nacionais e de grandes coorporações envolvidas com o futebol que superam a força política da ONU.

O jornalista Juca Kfouri (Folha, CBN,ESPN) diz que uma Copa do Mundo no Brasil significará a "perda de soberania" do país.Legislações serão modificadas para atender às necessidades de acumulações de Capitais faraônicos por parte da FIFA. Ricardo Teixeira,imperador da CBF,deseja vôos mais altos do que a direção vitalícia da CBF,e com certeza , não poupará esforços para que a Copa 2014 seja seu tranpolim.

"Futebol e Consciência" ficará de olhos bem abertos para qualquer tentativa de sangrar os cofres públicos brasileiros! Leia entrevista com o jornalista ,dada à "Carta Capital":
CartaCapital: Por que o senhor é o único jornalista do mundo com acesso proibido nas entrevistas à imprensa com Blatter?


Andrew Jennings: Porque há anos procuro em vão ter respostas do chefe da Fifa sobre corrupção e propinas, baseado em muitos documentos “confidenciais”. Com muita probabilidade cansou-se de não responder e preferiu condenar-me ao ostracismo, o que de certa forma me deixa orgulhoso. Quer dizer que mister Blatter tem medo das minhas perguntas.



CC: Em quanto importa, segundo o seu parecer, a quantia das propinas pagas pela Fifa nos últimos 20 anos?

AJ: Segundo estimativa do tribunal de Zug, na Suíça, o valor, limitado apenas aos anos 90, é estimado em aproximadamente 100 milhões de dólares. Todo esse dinheiro acabou nos

bolsos dos funcionários esportivos que estavam sob contrato, quase todos eles com a Fifa.

CC: Quando o senhor começou a recolher as primeiras provas da corrupção?

AJ: Trabalhei durante anos sobre o tema corrupção na Fifa, juntamente com um colega alemão. As nossas suspeitas eram fortíssimas, mas não tínhamos provas porque a ISL, a sociedade que geria antes o marketing e em seguida os direitos de tevê da Fifa, era uma companhia fechada. Impossível receber informações transparentes sobre suas operações de balanço. Todavia, quando faliu de forma fraudulenta, seus livros contábeis foram colocados à disposição dos curadores falimentares, bem como dos tribunais. E foi justamente nos tribunais que tivemos a confirmação, com provas, daquilo que suspeitávamos, mesmo se a realidade superava a nossa imaginação.


CC: A corrupção na Fifa como e quando começou?

AJ: Em 1976, o então presidente da entidade, o britânico Sir Stanley Rous, foi deposto. Ninguém podia corromper Stanley. Em seu lugar entrou o brasileiro João Havelange, que era muito corrupto. Foi ele quem inaugurou o “sistema”, recebendo propinas via ISL.



CC: Sua afirmação é grave. Ela se baseia em quê?

AJ: Em testemunhos que recolhi de ex-integrantes da Fifa, altos dirigentes. E em documentos.



CC: Havelange chega e traz Ricardo Teixeira. Com qual resultado?

AJ: Um boom de corrupção. A imprensa suíça escreveu que Havelange e Teixeira embolsaram a maior parte das propinas. No decorrer da transmissão do programa Panorama, da BBC, perguntei em três ocasiões a Sepp Blatter o que ele sabia sobre as propinas embolsadas por Havelange e ele sempre ficou calado. Pedi também informações de uma específica propina, mas também neste caso Blatter fez cena muda.
CC: De qual propina se tratava?


AJ: De 1 milhão de francos suíços que deveriam acabar nos bolsos de Havelange. Por um erro foram depositados numa conta da Fifa, provocando o pânico entre os dirigentes honestos da organização. Posso garantir que havia três pessoas numa sala da Fifa quando chegou aquele pagamento: Sepp Blatter e outros dois altos dirigentes. Falei com estes, que me confirmaram que o destinatário da propina era Havelange. Um dos dois entregou uma declaração oficial e assinada aos advogados da BBC, na qual afirmava que, em caso de processo por parte da Fifa contra mim e a BBC, ele compareceria no tribunal para confirmar que o pagamento era para Havelange. O mesmo, porém, pediu para não ser citado na reportagem que foi divulgada pela BBC, e que qualquer um pode apreciar na internet.



CC: O pagamento teria sido feito por quem?

AJ: Pela ISL, no início de 1998.



CC: E o que há em relação a Teixeira?

AJ: Bastaria olhar os documentos da acusação criminal depositados à margem do processo de Zug. Em relação aos depósitos feitos pela ISL, há um para a Renford Investment Ltd, sociedade controlada por Havelange e Teixeira.

Craques com habilidade do "salão",nós temos muitos!

Alemanha joga um futebol que nos inveja.Lembremos que quando Balack se machucou, foi chamado imediatamente Muller,candidato a craque da Copa.Ozil é outro garoto que esbanja qualidade técnica, habilidade e obediência tática.Em suma, é um grande time que joga com beleza e competitividade,com um técnico que sabe montar um time.E pensar que como estes craques, nós temos pelo menos alguns que não foram convocados! E por falar em técnico, será que sua qualidade é motivada por sua habilidade no salão?